o Portão
criação raiz
Projetos de autor que potenciam uma ampla linguagem artística e pretendem garantir a liberdade aos criativos para se desafiarem plástica e dramaturgicamente, bem como na exploração da interpretação, na exploração da arte da marioneta, do teatro de figuras e do teatro de objetos. Estas criações são o reflexo fundamental das preocupações dos seus criadores.Decidimos por esta designação através da génese do nome que nos dá origem, a Mandrágora, uma planta que muito é associada a um certo misticismo. A raiz é também o ponto de origem da estrutura que de um modo muito multifacetado se vai a embrenhar por diversos caminhos. Somos uma equipa criativa que pondera e analisa as suas preocupações pessoais e também se coloca a diversos desafios que a levam por descobertas que cimentam a arte do teatro e mais em concreto a arte da marioneta.
21 anos depois sobressaiu à tona esta forma e figura, num processo longo de descoberta. Atravessámos criações coletivas, convidámos encenadores e demos vozes aos artistas que compõem o núcleo artístico da estrutura. Desta última consideramos que conseguimos alcançar um modo mais clarificador de indicar os potenciais caminhos e percursos de um coletivo composto por escolhas individuais.
a narrativa da descodificação da solidão dos seres
M.12 . 01h00 O “Portão” é uma criação elaborada a partir do diálogo entre uma atriz e um escritor, distanciados física e psicologicamente pelo espaço do confinamento forçado. Uma criação que acompanha a narrativa da descodificação da solidão dos seres.
Dois seres num local à beira-mar falam entre si, num espaço e tempo indefinido. Desafio do poder da interpretação dos objetos, numa relação que confronta o ator-marionetista e a capacidade de manipulação com poder dramático da figura em movimento em cena.
Uma das personagens, cujo nome se altera a cada frase, está em constante viagem. Ponderando-se sobre essa sua necessidade, será procura, busca, fuga, ficam no ar interrogações para a nossa incapacidade de muitas vezes estarmos parados e dedicarmos tempo ao pensamento e à fruição pessoal de pequenas e simbólicas coisas que acontecem em torno de nós e que necessitam de tranquilidade calma e tempo para serem saboreadas. A segunda personagem habita aquele local, junto ao mar e tem a função de todas as manhãs abrir um portão que depois encerra diariamente pela tarde antes do pôr-do-sol. Assim esta personagem é confrontada pelo sentido da sua função, encerrar algo que a todos pertence e a questão da propriedade sobre tudo o que nos rodeia. A função de abrir e fechar o portão que impede a todos o acesso a essa fruição é uma posição de questionamento ou meramente de executante.
Esta criação nasce de um diálogo à distância entre a atriz e um psicólogo e escritor. Este texto, original, escrito em 2021, reflete sobre os objetivos, confrontando ambições e desejos com obrigações e funções do ser humano na sociedade que o envolve. A criação alia a imagem ao texto, conjugando atores com figuras repletas de simbolismo. A opção foi a de recorrer a técnicas de interpretação imbuindo na marioneta a capacidade discursiva, criando a narrativa através da figura acentuada do ator objeto. Esta criação confronta a capacidade de interpretação dos objetos e das figuras aliando o ator, ao ator manipulador.
Durante o processo de pandemia vivido em Portugal, surgiram muitas conversas escritas e ao telefone, diálogos filosóficos, que ponderavam sobre o comportamento humano, as nossas ambições, ansiedades, frustrações, e tornou-se claro na construção desta narrativa que a cena seria o destino desta conversa a ser partilhada com o público. O processo de monólogos com marionetas e objetos são travessias de muito esforço físico e mental porque fazem toda a desconstrução do simbolismo que à partida os mesmos possuem.
ficha artística
INTERPRETAÇÃO, MANIPULAÇÃO E ENCENAÇÃO Filipa MesquitaTEXTO Paulo Carmo
MARIONETAS Rúben Gomes
CENOGRAFIA Cirilo Reis
FIGURINO Cláudia Ribeiro
COSTUREIRA Alexandra Barbosa
BORDADOS Anja de Salles
VÍDEO Paulo Pinto
MÚSICA CÉNICA Hélder Duarte
DESENHO DE LUZ César Cardoso
DESIGN Paulo Sá
FOTOGRAFIA Margarida Ribeiro
ACOMPANHAMENTO ARTÍSTICO Clara Ribeiro
PRODUÇÃO EXECUTIVA Hélder David Duarte
PRODUÇÃO Teatro e Marionetas de Mandrágora
APOIO República Portuguesa - Cultura, DGARTES – Direção-Geral das Artes, Município de Espinho/Câmara Municipal de Espinho, Município de Gondomar, Município de Vila do Conde
RESIDÊNCIA ARTÍSTICA esta criação foi concebida em residência artística no Teatro Municipal de Vila do Conde
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OPORTAO - DESENHO DE LUZ.PDF 479.4 Kb
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OPORTAO - RIDER TÉCNICO.PDF 63.9 Kb
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ARQUIVO IMAGEM SESSÃO FOTOGRÁFICA 507.3 Mb
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ARQUIVO IMAGEM ENCONTROS 230.7 Mb
ARQUIVO IMAGEM DESENHOS 3.6 Mb
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ARQUIVO IMAGEM PROCESSO DE CRIAÇÃO 634.5 Mb
ARQUIVO IMAGEM ENSAIOS 59.4 Mb
DOSSIER PROMOCIONAL 6.3 Mb